Olá pessoas incríveis da internet, eu sou a Luciana Cordova e hoje vamos falar um pouco sobre as redes sociais e comunidades de aprendizagem!
Antes
da diversificação tecnológica, as informações apresentavam um caráter mais
estático, isto é, havia certa defasagem entre um acontecimento e o acesso aos
informes do mesmo pelo público, já que os meios de transmissão de informações
ainda eram prioritariamente a mídia televisiva ou impressa. Hoje, com a
diversificação das TIC’s – Tecnologias da Informação e da Comunicação, o
cenário comunicacional atual é repleto de mídias e outras fontes de informações
onde se é possível acompanhar eventos em tempo real, obter informações
simultâneas sobre os mesmos recorrendo a recursos tecnológicos diversos como celulares,
computadores, internet, entre outros meios. Muitos jovens e crianças já nascem
e estão crescendo imersos numa sociedade cada vez mais tecnologizada, os quais
aprendem desde a infância a acessar e utilizar as tecnologias, principalmente
as TIC’s a serviço de seus interesses como, por exemplo, lazer, estudos,
relacionamentos, entre outros, e as redes sociais são um importante instrumento
a serviço desses interesses.
Uma
rede social é uma estrutura social composta por pessoas ou organizações, ou
seja, definida como um conjunto de dois elementos: atores, ou seja, nós
(pessoas, instituições ou grupos) e suas conexões (organizações, interações ou
laços sociais) (Wasserman e Faust, 1994; Wellman, 1997), conectadas por um ou
vários tipos de relações, que partilham valores e objetivos comuns. Uma das
características fundamentais na definição das redes é a sua abertura e
porosidade, possibilitando relacionamentos horizontais e não hierárquicos entre
os participantes. Um ponto em comum dentre os diversos tipos de rede social é o
compartilhamento de informações, conhecimentos, interesses e esforços em busca
de objetivos comuns. (Info escola).
Enfim,
as redes sociais por meio das interações vêm modificando diversas áreas da
atividade humana, a saber: comércio, indústria, economia, artes, cultura e
educação.
A
inserção das redes sociais nas escolas enquanto uma ferramenta no processo de
ensino-aprendizagem já é um fato que acontece em muitas instituições de ensino.
Os alunos trazem para dentro da escola elementos de sua realidade externa,
através dos seus celulares, Mp’s, notebooks, netbooks, usando os computadores
da escola e outros recursos eletrônicos que lhes permitem manter essa conexão
com os outros e com o mundo. As redes sociais se entrelaçam ao cotidiano da
escola, interferem nas aulas e atividades, tornando-se um elemento o qual pode
e deve ser explorados pelos professores e demais profissionais no
desenvolvimento das atividades da escola. Aulas, pesquisas, debates,
seminários, trabalhos em grupos constituídos por alunos de escolas diferentes
(até de países e culturas diferentes), contato (chat, troca de e-mails, troca
de arquivos, etc.) com pessoas relacionadas a algum tema em discussão, essas
são apenas algumas atividades que podem ser desenvolvidas através do uso das
redes sociais na escola, porque assim como as ferramentas da Web 2.0, as redes
sociais oferecem um imenso potencial pedagógico. Elas possibilitam o estudo em
grupo, troca de conhecimento e aprendizagem colaborativa, utiliza de linguagens
características das redes sociais, bem como a adoção de tecnologias de
realidade virtual e vídeos digitais, é possível vislumbrar um cenário que
aponta para ambientes de aprendizagem inovadores baseados no conceito de
educação em rede com a criação de experiências, ou seja, uma educação a
distância muito mais próxima e interativa.
Uma
das ferramentas de comunicação existentes em quase todas as redes sociais são
os fóruns de discussão. Os membros podem abrir um novo tópico e interagir com
outros membros compartilhando ideias (...). Enfim, com tanta tecnologia e
ferramentas gratuitas disponibilizadas na Web, cabe ao professor o papel de
saber utilizá-las para atrair o interesse dos jovens no uso dessas redes
sociais favorecendo a sua própria aprendizagem de forma coletiva e interativa
(BOHN, 2009, p.01).
Porém,
a utilização das redes sociais na escola ainda é uma discussão controversa. Muitos
profissionais apresentam sérias resistências ao uso das mesmas ou de quaisquer
outros recursos tecnológicos na escola, seja por desconhecimento do
funcionamento dos mesmos, certa exposição de seus usuários, uma vez que esses
disponibilizam informações pessoais, mecanismos de contato (número de celular,
endereço, etc.), onde a escola não pode garantir a privacidade de uso, certo preconceito
ou incapacidade de realizar uma transposição pedagógica de seus conteúdos para
um meio que não seja a sala de aula presencial e seus recursos tradicionais –
quadro, giz, projetores, livros didáticos.
Mas
uma das razões pelas quais a escola poderia utilizar as redes sociais em suas
atividades, partindo da percepção de Gardner, seria a de levar em conta que “O
propósito da escola deveria ser o de desenvolver as inteligências e ajudar as
pessoas a atingirem objetivos de ocupação e passatempo adequados ao seu
espectro particular de inteligências. As pessoas que são ajudadas a fazer isso
(...) se sentem mais engajadas e competentes, e, portanto mais inclinadas a
servirem a sociedade de uma maneira construtiva.” (GARDNER, 2000, p.16).
Um
ganho na educação através do uso das redes no processo de ensino aprendizagem é
o fato de que devemos considerar que estas já fazem parte do cotidiano de boa
parte dos alunos e são utilizadas por estes em outros momentos, ou seja, a
utilização das redes sociais na educação é algo que, pela familiaridade e
identificação que a “geração net” apresenta em relação às mesmas, pode
viabilizar uma melhora no rendimento dos mesmos em relação à aprendizagem, por
ser uma instância significativa na vida da maioria deles, e por isso as ações
que forem desenvolvidas utilizando esse recurso, terão um significado dentro do
cotidiano desses alunos. Como reflexo deste cenário, nota-se que estudos
recentes estão buscando agregar redes sociais aos mais variados AVA. Como
exemplo, pode-se citar o uso de microblogging no Amadeus (TEIXEIRA; MEDEIROS;
GOMES, 2011), o uso de software social no Moodle (SERRÃO et al., 2011) ou a
utilização de uma rede social privada como AVA (DOTTA, 2011). Nesta
perspectiva, cabe também destacar a iniciativa do SLoodle, projeto que busca
unir as experiências do Second Life com as possibilidades do AVA de código
aberto, Moodle (MATTAR, 2008), bem como da Wikiversidade, projeto da Wikimedia
Foundation, cujo objetivo é prover um ambiente livre e aberto para educação
universitária, mantida por uma comunidade de pesquisa que segue o conceito de
wiki.
Outras
iniciativas podem ser citadas, tais como as redes sociais educativas:
(1)
Ebah – composta por professores, alunos e conteúdos distribuídos por cursos,
possuindo vinculo com universidades;
(2)
Edmodo – ambiente para colaboração e compartilhamento de conteúdos distribuído
por categorias (alunos, professores, aplicativos, pais, comunidades, etc.) e
conectado a outras redes sociais de relacionamento;
(3)
Scolar tic – focada em professores;
(4)
LORE – possibilita a criação de comunidades (professores e alunos);
(5)
PHET – focada em simulações (objetos de aprendizagem) e permite colaboração;
(6)
Khan Academy – focada em vídeo-aulas, com módulo de exercícios e um painel que
permite ao usuário acompanhar seu desempenho.
Neste
sentido, Behrens (2008, p. 99) salienta que: O uso da Internet com critério
pode tornar-se um instrumento significativo para o processo educativo em seu
conjunto. Ela possibilita o uso de textos, sons, imagens e vídeo que subsidiam
a produção do conhecimento. Além disso, a Internet propicia a criação de
ambientes ricos, motivadores, interativos, colaborativos e cooperativos.
Para
Papert, nos traz o
construtivismo como sendo a abordagem que permite o aprendiz a construir seu
próprio conhecimento por intermédio de alguma ferramenta, como o computador,
por exemplo. Desta forma ao propor o computador como auxiliar no processo de
conhecimento é vê-lo como uma poderosa ferramenta educacional, adaptando os
princípios do construtivismo cognitivo de Piaget a fim de melhor aproveitar o
uso das tecnologias.
Assim,
uma perspectiva que surge para a educação é a de utilizar as tecnologias em
seus processos, principalmente as TIC’s, e uma forma eficiente de fazer isso é
trazer para as práticas, conteúdos e demais atividades da escola o uso das
redes sociais, já que estas exercem tanto fascínio entre esse público. Deve se
considerar que o ensino via redes pode ser uma ação dinâmica e motivadora. Mesclam-se
nas redes informáticas, na própria situação de produção e aquisição de
conhecimentos, autores e leitores, professores e alunos. As possibilidades
comunicativas e a facilidade de acesso às informações favorecem a formação de
equipes interdisciplinares de professores e alunos, orientadas para a
elaboração de projetos que visem à superação de desafios ao conhecimento;
equipes preocupadas com a articulação do ensino com a realidade em que os
alunos se encontram, procurando a melhor compreensão dos problemas e das
situações encontradas nos ambientes em que vivem ou no contexto social geral da
época em que vivemos. (KENSKI, 2004, p.74)
Portanto,
ao introduzirmos o uso das redes sociais na escola, podemos junto com elas
inovar o cotidiano das atividades da escola em relação aos seguintes aspectos:
atratividade, interatividade, inovação, diversidade, o lúdico virtual (jogos
educativos, vídeos, animações), entre outros. Os quais, sem dúvida podem servir
como elemento motivador dos alunos em relação a sua aprendizagem. As redes
sociais e os diversos tipos de comunidades, na Internet ou não, podem
contribuir para a formação inicial ou continuada de professores, por meio das
interações que possibilitam a criação de laços sociais.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ARAUJO, Veronica Danieli. O impacto das redes sociais no processo de
ensino e aprendizagem. Disponível em: <https://www.ufpe.br/nehte/simposio/anais/Anais-Hipertexto-2010/Veronica-Danieli-Araujo.pdf>.
Acesso em: 28 de junho de 2016.
DESCONHECIDO. Redes sociais e ambientes virtuais de
aprendizagem: Apontamentos para uma educação em rede. Disponível em: <http://www.abed.org.br/congresso2013/cd/141.pdf>.
Acesso em: 28 de junho de 2016.
BARCELOS, Gilmara Teixeira; PASSERINO,
Liliana Maria. Redes sociais e
comunidades: Definições, classificações e relações. Disponível em: <http://seer.ufrgs.br/renote/article/viewFile/15251/9008>.
Acesso em: 28 de junho de 2016.
RAMOS, Marli; COPPOLA, Neusa
Ciriaco. O uso do computador e da
internet como ferramentas pedagógicas. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2551-8.pdf>.
Acesso em 28 de junho de 2016.
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